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Granito Cinzento Pedras Salgadas

a 3cm desde:
55/m2

Resistência à Compressão

2260 kg/cm2

Resistência à Flexão

152 kg/cm2

Massa Volúmica Aparente

2620 kg/m3

Absorção de Água

0,3%

Porosidade

0,8%

 

Descrição

Granito cinzento claro de granulado médio e duas micas, embora predominantemente biotítico, com pequenos megacristais de feIdspato dispersos.

Características Físico-Mecânicas

  • Resistência mecânica à compressão 2260 kg/cm2
  • Res. mec. à compr. após teste de gelividade 2090 kg/cm2
  • Resistência mecânica à flexão 152 kg/cm2
  • Massa volúmica aparente 2620 kg/m3
  • Absorção de água à P. At.N. 0.3 %
  • Porosidade aberta 0.8 %
  • Coef. de dilatação linear térmica val. máx 9.0 x 10 -6 perº C
  • Resistência ao desgaste 0.2 mm
  • Resistência ao choque: altura minima de queda 65 cm
    Obs. A resistência ao gelo é superior a 48 ciclos de gelo-degelo.

Características das Pedreiras

As várias pedreiras da área, onde se explora um granito de características gerais homogéneas, são de dimensões razoáveis. Na pedreira dos Fojos, a fracturação é moderada, ainda que com zonas onde é intensa, apresentando como principais sistemas os de orientação média N 80º E e N 60º E, ambos de pendor elevado a verticais e, acessoriamente, um outro de direcção NW-SE, sub-vertical. A posição relativa destes sistemas e a ocorrência de algumas fracturas sub-horizontais facilita a extracção de blocos, cujo tamanho normal é mediano. Noutras áreas do maciço, é ainda relevante um outro sistema de falhas e fracturas sub-verticais de orientação média N 5 a 15º E, suficientemente espaçadas. No seio da massa rochosa, ocorrem, por vezes, algumas concentrações biotíticas com feldspato. 0 aspecto ornamental de maior interesse é obtido por corte segundo o “correr” da pedra. As reservas da área são praticamente ilimitadas.

Enquadramento Geológico

O granito de Pedras Salgadas faz parte de uma mancha alongada de granito calco-alcalino, tardi a post-tectónico, que se estende desde Vidago até sul de Vila Pouca de Aguiar (Trás-os-Montes).

Localização do Granito e das Pedreiras

Cinza Pedras Salgadas

Granito Cinza Pedras Salgadas

Ensaios efectuados e a sua importância:

A importância relativa dos ensaios físico-mecânicos, no seu conjunto, é função do tipo de utilização a que se destina o material, tornando-se alguns deles imprescindíveis na avaliação da respectiva aptidão para determinado fim. Em particular, salienta-se que:

  • A resistência mecânica à compressão simples após teste de gelividade é, em conjugação com a percentagem de água absorvida e a porosidade aberta de rocha, um índice de durabilidade do material, em particular quando empregue em climas frios e húmidos;
  • O conhecimento do coeficiente de dilatação linear térmica é de particular importância quando se prevê a utilização do material em trabalhos exteriores em climas de forte amplitude térmica;
  • As determinações da resistência ao desgaste e ao choque são indispensáveis quando se tem em vista a aplicação das rochas em pavimentos ou escadarias, ou, mesmo, em tampos de mesas ou balcões;
  • O valor da resistência mecânica à flexão fornece elementos para a avaliação da aptidão da rocha em questão face às várias aplicações em que se destina a funcionar em consola ou em outras solicitações à flexão.
Resistência mecânica à compressão simples

Ensaio realizado de acordo com o disposto na Norma EN 1926. São utilizados 6 provetes cúbicos de 7 ou 5 cm de aresta, previamente secos a peso constante. O resultado apresentado é a média dos valores obtidos para cada um dos provetes, expresso em MPa ouKg/cm2.

Resistência mecânica à compressão simples após teste de gelividade

O teste de resistência ao gelo é conduzido de acordo com a Norma EN 12371 e no caso vertente, consistiu em submeter 6 provetes cúbicos de 7,0 cm de aresta a 25 ciclos de congelação-descongelação entre as temperaturas extremas de -12,5ºC (em câmara frigorífica) e 20ºC (imersos em água), cada ciclo tem a duração de 12 horas. 0 resultado do ensaio de compressão simples sobre os provetes após completado o teste, é a média dos valores individuais obtidos e é dado em MPa ou Kg/cm2.
Considera-se que o material não é afectado por gelividade se o valor obtido não difere em mais de 20% relativamente à média obtida para os provetes da mesma rocha, no estado seco. Em complemento, procede-se à apreciação macroscópica dos efeitos do mesmo teste sobre a estrutura e a cor dos provetes.

Resistência mecânica à flexão

Prescrito na Norma EN 12372, utilizando 10 provetes prismáticos (no caso 5x10x30 cm) e exprimindo o resultado médio obtido em MPa ou Kg/cm2.

Massa volúmica aparente

Utilizaram-se 6 provetes cúbicos de 7 cm de aresta, tendo-se procedido de acordo com o estabelecido na Norma EN 1936. É apresentada a média dos valores obtidos em Kg/m3.

Absorção de água à pressão atmosférica

Os provetes destinados à determinação anterior foram utilizados para o cálculo da absorção de água à pressão atmosférica, segundo o procedimento indicado na Norma EN 13755 e o respectivo resultado médio foi expresso em % do peso do provete seco.

Porosidade aberta (ou aparente)

Trata-se de um ensaio que se correlaciona com os anteriores e é executado de acordo com a Norma EN 1936. A porosidade aberta é definida como o volume de água absorvida pelo provete, expresso em % do volume deste, sendo apresentada uma média dos valores obtidos.

Coeficiente de dilatação linear térmica

Este valor foi determinado em três provetes talhados ortogonalmente, correspondendo dois deles às duas direcções rectangulares principais do plano de efeito ornamental mais favorável. 0 intervalo de temperaturas a que se refere a medição é 20ºC a 80ºC (ver EN 14581), sendo a dilatação linear térmica medida por intermédio de um dilatómetro Adamel-Lhomargy de grande precisão.
É dado a conhecer o valor máximo obtido, expresso em n.10-6 /ºC.

Resistência ao desgaste

O ensaio de desgaste foi, inicialmente, efectuado na máquina Amsler-Laffon sobre 4 provetes prismáticos de dimensões 6 x 6 x 3 cm, em conformidade com o disposto na Norma NP-309. Como resultado do ensaio, o qual exprime a diminuição de espessura dos provetes no final de um percurso de 200 metros, tomou-se a média (em mm) dos desgastes obtidos para cada provete. Actualmente a metodologia utilizada (desgaste Capon) é uma das consagradas na EN 14157 e consiste em submeter 6 provetes de15x15x3 cm a abrasão por fricção com um disco rotativo de aço e um abrasivo normalizado. O desgaste Capon correspondente à medida da corda da calote produzida, em mm.

Resistência ao choque

Submetem-se a este ensaio 4 placas de dimensões 20 x 20 x 3 cm, talhadas segundo os planos de utilização mais comum. Cada provete é colocado sobre um leito de areia com 10 cm de espessura e sofre o impacto de uma esfera de aço de 1 Kg que é deixada cair de alturas sucessivamente maiores, intervaladas de 5 cm, até à ruptura (EN 14158). O resultado, entendido como altura mínima de queda à qual ocorre a ruptura da placa, é a média dos valores obtidos para cada um dos provetes e exprime-se em joules ou em cm.

Mineralogia e petrografia

A caracterização mineralógica e petrográfica das rochas ornamentais contribui para o conhecimento e justificação do comportamento tecnológico de cada tipo de rocha, bem como para a detecção de causas penalizadoras da sua qualidade -defeitos microestruturais, presença de minerais alterados e/ ou facilmente alteráveis, etc. De cada exemplar foram estudadas, ao microscópio polarizante, lâminas delgadas talhadas segundo as 3 faces principais de um provete cúbico, com especial incidência sobre:

Textura da rocha

Forma e tamanho dos cristais;
Composição mineralógica: minerais essenciais e acessórios;
Presença de minerais alterados;
Observações de índole microestrutural. Por cada tipo de rocha apresentam-se microfotografias onde se podem reconhecer os aspectos texturais acima mencionados, bem como se apresenta a composição mineralógica resultante das determinações efectuadas por microscopia, complementadas com uma estimativa semi-quantitativa por difracção de raios-X.

Análise química

Como último elemento de caracterização, referem-se os resultados do doseamento dos elementos maiores constituintes das rochas estudadas, obtidos por análise química clássica. Unicamente o teor em C02 das rochas carbonatadas, por ultrapassar o limite de sensibilidade do método usual, foi calculado saturando como carbonatos os teores em CaO e MgO obtidos.

Informações com base no site www.rop.lneg.pt elaborado pela Direcção Geral de Geologia e Minas.

 

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