Granito Cinzento Escuro Roriz

Resistência à Compressão
2180 kg/cm2
Resistência à Flexão
159 kg/cm2
Massa Volúmica Aparente
2700 kg/m3
Absorção de Água
0,2%
Porosidade
0,4%
Descrição
Rocha ígnea de cor cinzenta escura e granulado médio a fino, dominantemente biotítica, com raros megacristais de feldspato.
Características Físico-Mecânicas
- Resistência mecânica à compressão 2180 kg/cm2
- Res. mec. à compr. após teste de gelividade 2110 kg/cm2
- Resistência mecânica à flexão 159 kg/cm2
- Massa volúmica aparente 2700 kg/m3
- Absorção de água à P. At.N. 0.2 %
- Porosidade aberta 0.4 %
- Coef. de dilatação linear térmica val. máx 8.1 x 10 -6 perº C
- Resistência ao desgaste 0.2 mm
- Resistência ao choque: altura minima de queda 70 cm
Obs. A resistência ao gelo é superior a 48 ciclos de gelo-degelo.
Características das Pedreiras
A zona explorada mostra-se medianamente fracturada, sendo os sistemas N 60º E e N 52º W, de pendor elevado a sub-vertical, os mais representativos. No primeiro desses sistemas estão incluídas falhas importantes. Acessoriamente, ocorrem um sistema de atitude N 25º W, 60 a 70º ENE e algumas fracturas de fraco pendor. A rocha apresenta ligeira disjunção esferoidal, alguma variação na tonalidade em alguns locais e, por vezes, mostra cor branca ou amarelada na zona superficial do maciço. Notam-se alguns encraves biotíticos de pequeno tamanho, linhas ou bandas feldspáticas e encraves de granito porfiróide, os quais formam, por vezes, grandes bolsadas. O rendimento da extracção de blocos (em geral, médios a grandes) é moderado, sendo o melhor aspecto ornamental obtido por serragem de placas segundo o “correr” da pedra. Também se usa o aspecto do corte segundo o “levante”. Massas mais pequenas são utilizadas para a produção de cubos, paralelepípedos e guias. Trata-se de uma pedra de boa qualidade, da qual existem reservas satisfatórias na área.
Enquadramento Geológico
Este tipo litológico corresponde a encraves de composição mais básica ocorrentes nas proximidades dos contactos entre uma formação granítica de grão médio e o maciço de granito porfiróide grosseiro de Penafiel (Douro Litoral), no qual é intrusivo. A respectiva instalação ter-se-á verificado nas fases finais ou após a orogenia Hercínica.
Localização do Granito e das Pedreiras
Cinza Escuro RORIZ
Cinza Escuro RORIZ
Ensaios efectuados e a sua importância:
A importância relativa dos ensaios físico-mecânicos, no seu conjunto, é função do tipo de utilização a que se destina o material, tornando-se alguns deles imprescindíveis na avaliação da respectiva aptidão para determinado fim. Em particular, salienta-se que:
- A resistência mecânica à compressão simples após teste de gelividade é, em conjugação com a percentagem de água absorvida e a porosidade aberta de rocha, um índice de durabilidade do material, em particular quando empregue em climas frios e húmidos;
- O conhecimento do coeficiente de dilatação linear térmica é de particular importância quando se prevê a utilização do material em trabalhos exteriores em climas de forte amplitude térmica;
- As determinações da resistência ao desgaste e ao choque são indispensáveis quando se tem em vista a aplicação das rochas em pavimentos ou escadarias, ou, mesmo, em tampos de mesas ou balcões;
- O valor da resistência mecânica à flexão fornece elementos para a avaliação da aptidão da rocha em questão face às várias aplicações em que se destina a funcionar em consola ou em outras solicitações à flexão.
Resistência mecânica à compressão simples
Ensaio realizado de acordo com o disposto na Norma EN 1926. São utilizados 6 provetes cúbicos de 7 ou 5 cm de aresta, previamente secos a peso constante. O resultado apresentado é a média dos valores obtidos para cada um dos provetes, expresso em MPa ouKg/cm2.
Resistência mecânica à compressão simples após teste de gelividade
O teste de resistência ao gelo é conduzido de acordo com a Norma EN 12371 e no caso vertente, consistiu em submeter 6 provetes cúbicos de 7,0 cm de aresta a 25 ciclos de congelação-descongelação entre as temperaturas extremas de -12,5ºC (em câmara frigorífica) e 20ºC (imersos em água), cada ciclo tem a duração de 12 horas. 0 resultado do ensaio de compressão simples sobre os provetes após completado o teste, é a média dos valores individuais obtidos e é dado em MPa ou Kg/cm2.
Considera-se que o material não é afectado por gelividade se o valor obtido não difere em mais de 20% relativamente à média obtida para os provetes da mesma rocha, no estado seco. Em complemento, procede-se à apreciação macroscópica dos efeitos do mesmo teste sobre a estrutura e a cor dos provetes.
Resistência mecânica à flexão
Prescrito na Norma EN 12372, utilizando 10 provetes prismáticos (no caso 5x10x30 cm) e exprimindo o resultado médio obtido em MPa ou Kg/cm2.
Massa volúmica aparente
Utilizaram-se 6 provetes cúbicos de 7 cm de aresta, tendo-se procedido de acordo com o estabelecido na Norma EN 1936. É apresentada a média dos valores obtidos em Kg/m3.
Absorção de água à pressão atmosférica
Os provetes destinados à determinação anterior foram utilizados para o cálculo da absorção de água à pressão atmosférica, segundo o procedimento indicado na Norma EN 13755 e o respectivo resultado médio foi expresso em % do peso do provete seco.
Porosidade aberta (ou aparente)
Trata-se de um ensaio que se correlaciona com os anteriores e é executado de acordo com a Norma EN 1936. A porosidade aberta é definida como o volume de água absorvida pelo provete, expresso em % do volume deste, sendo apresentada uma média dos valores obtidos.
Coeficiente de dilatação linear térmica
Este valor foi determinado em três provetes talhados ortogonalmente, correspondendo dois deles às duas direcções rectangulares principais do plano de efeito ornamental mais favorável. 0 intervalo de temperaturas a que se refere a medição é 20ºC a 80ºC (ver EN 14581), sendo a dilatação linear térmica medida por intermédio de um dilatómetro Adamel-Lhomargy de grande precisão.
É dado a conhecer o valor máximo obtido, expresso em n.10-6 /ºC.
Resistência ao desgaste
O ensaio de desgaste foi, inicialmente, efectuado na máquina Amsler-Laffon sobre 4 provetes prismáticos de dimensões 6 x 6 x 3 cm, em conformidade com o disposto na Norma NP-309. Como resultado do ensaio, o qual exprime a diminuição de espessura dos provetes no final de um percurso de 200 metros, tomou-se a média (em mm) dos desgastes obtidos para cada provete. Actualmente a metodologia utilizada (desgaste Capon) é uma das consagradas na EN 14157 e consiste em submeter 6 provetes de15x15x3 cm a abrasão por fricção com um disco rotativo de aço e um abrasivo normalizado. O desgaste Capon correspondente à medida da corda da calote produzida, em mm.
Resistência ao choque
Submetem-se a este ensaio 4 placas de dimensões 20 x 20 x 3 cm, talhadas segundo os planos de utilização mais comum. Cada provete é colocado sobre um leito de areia com 10 cm de espessura e sofre o impacto de uma esfera de aço de 1 Kg que é deixada cair de alturas sucessivamente maiores, intervaladas de 5 cm, até à ruptura (EN 14158). O resultado, entendido como altura mínima de queda à qual ocorre a ruptura da placa, é a média dos valores obtidos para cada um dos provetes e exprime-se em joules ou em cm.
Mineralogia e petrografia
A caracterização mineralógica e petrográfica das rochas ornamentais contribui para o conhecimento e justificação do comportamento tecnológico de cada tipo de rocha, bem como para a detecção de causas penalizadoras da sua qualidade -defeitos microestruturais, presença de minerais alterados e/ ou facilmente alteráveis, etc. De cada exemplar foram estudadas, ao microscópio polarizante, lâminas delgadas talhadas segundo as 3 faces principais de um provete cúbico, com especial incidência sobre:
Textura da rocha
Forma e tamanho dos cristais;
Composição mineralógica: minerais essenciais e acessórios;
Presença de minerais alterados;
Observações de índole microestrutural. Por cada tipo de rocha apresentam-se microfotografias onde se podem reconhecer os aspectos texturais acima mencionados, bem como se apresenta a composição mineralógica resultante das determinações efectuadas por microscopia, complementadas com uma estimativa semi-quantitativa por difracção de raios-X.
Análise química
Como último elemento de caracterização, referem-se os resultados do doseamento dos elementos maiores constituintes das rochas estudadas, obtidos por análise química clássica. Unicamente o teor em C02 das rochas carbonatadas, por ultrapassar o limite de sensibilidade do método usual, foi calculado saturando como carbonatos os teores em CaO e MgO obtidos.
Informações com base no site www.rop.lneg.pt elaborado pela Direcção Geral de Geologia e Minas.